O ex-chefe de Estado francês, que anunciou que vai apelar da decisão do tribunal, esteve presente num evento numa livraria do 16.º bairro de Paris, onde cerca de 200 pessoas o aguardavam, dizendo para “aguentar”, ter “coragem” e que estavam ao seu lado.
“É muito comovente e ao mesmo tempo muito reconfortante ver o estado de espírito do país, sobre o facto de que as pessoas não se deixam enganar por nada (…). Elas entenderam”, declarou Sarkozy diante das televisões e fotógrafos.
Esta foi a sua primeira declaração pública desde sua condenação. Numa mensagem nas redes sociais, na quinta-feira, Sarkozy denunciou “a injustiça” cometida e prometeu ir “até ao fim” para “continuar a luta tão necessária pela verdade e pela justiça”.
Sarkozy demonstrou-se feliz pela “amizade” e “apreço a título pessoal” manifestado, na quinta-feira, pelo atual primeiro-ministro francês, Jean Castex.
“Deixa-me muito feliz, não me surpreende nele, sou muito sensível a isso, tenho recebido milhares e milhares” de mensagens de apoio, declarou.
Questionado por um jornalista se havia recebido algum apoio do Presidente francês, Emmanuel Macron, Sarkozy disse: “Pergunte-lhe a ele, não cabe a mim dizer”.
Nicolas Sarkozy foi condenado, na quinta-feira, a um ano de prisão — que poderá cumprir em prisão domiciliária com pulseira eletrónica –, sendo que ainda poderá recorrer da sentença.
Sarkozy foi condenado por ter gastado quase o dobro do valor máximo legal (22,5 milhões de euros) na candidatura à reeleição em 2012, que perdeu para o socialista François Hollande.
A nova condenação surge sete meses depois de Sarkozy ter sido condenado, em primeira instância, a três anos de prisão, um dos quais efetivo em prisão domiciliária, por corrupção e tráfico de influências, estando, no entanto, em liberdade até decisão do recurso interposto.
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