As informações confirmadas são escassas mas a Agência Reuters e a Associated Press citaram altas patentes militares iraquianas para noticiar um novo ataque com mísseis lançados por drones perto das 23h00 de sexta-feira (hora de Lisboa), na zona de Taji, a norte de Bagdad. Foi atingida uma coluna com três viaturas da milícia Hashd al-Shaabi (xiita), e terão morrido seis ocupantes.
Esta ação militar foi semelhante à executada na passada madrugada pelas forças militares dos EUA, e que provocou a morte do general Qassem Suleimani, uma das figuras mais importantes do regime iraniano, mas o Pentágono não se pronunciou oficialmente sobre estes últimos acontecimentos. Várias fontes militares norte-americanas negaram, ao longo da madrugada, que os EUA tenham realizado este segundo ataque.
Durante o dia de sábado houve grandes manifestações por toda a região e milhares de pessoas juntaram-se em Bagdad no cortejo fúnebre do general iraniano, gritando ameaças de vingança contra a América. Dois rockets caíram perto da embaixada norte-americana em Bagdad, mas sem causar danos significativos. As cerimónias do funeral de Suleimani deverão terminar no domingo, em Teerão.
O mundo mantém-se em suspenso, com os analistas multiplicando opiniões sobre o tipo de retaliação que poderá acontecer nos próximos dias. Haverá ataques contra americanos? Poderá ser uma ciber-guerra? Uma nova crise energética? Em entrevista à CNN, o embaixador do Irão junto das Nações Unidas, Majid Ravanchi, não podia ter sido mais claro: “A resposta a uma ação militar é uma ação militar. Que outra coisa podem esperar do Irão?”