Syed Mazharuddin estava a rezar na mesquita de Linwood, com mais 60 a 70 pessoas, quando começaram os tiros. Ao New Zealand Herald, o sobrevivente do ataque de sexta-feira conta que tentou abrigar-se, enquanto ouvia as pessoas aos gritos. “Logo ao pé da porta de entrada estavam idosos sentados a orar e ele simplesmente começou a disparar”, recorda.
Mas, apesar do choque, Mazharuddin não se lembra só do terror e, à semelhança de outras testemunhas, descreve como um jovem trabalhador arriscou a vida para travar o atirador.
“Havia uma senhora a gritar ‘socorro, socorro’ e ele disparou contra a sua cara à queima-roupa. Nesse momento, um jovem que normalmente cuida da mesquita e ajuda no estacionamento e noutras coisas viu uma oportunidade e atirou-se sobre ele e agarrou a arma”, descreve.
A partir daí, o jovem lançou-se em perseguição do atirador, mas, contam as testemunhas ouvidas pelos meios de comunicação internacionais, este conseguiu sair do edifício e chegar ao carro que o aguardava no exterior.
Faisal Sayed também não tem dúvidas que o “herói” salvou vidas, incluindo a sua. À televisão indiana NDTV, também este sobrevivente diz que o viu aproximar-se do atirador e agarrá-lo até largar a arma. “Se não fosse isso, muitos mais teriam morrido e eu não estaria agora aqui”, acredita.