De nada valeu à Polónia fazer finca-pé no Conselho Europeu para impedir que Donald Tusk fosse reeleito presidente. O antigo primeiro-ministro polaco foi confirmado no cargo por mais dois anos e meio, com um único voto contra: o do seu próprio país.
Sem alteração no órgão político máximo da União Europeia, cai também por terra a ideia de que era preciso equilibrar os altos cargos das instituições europeias, uma vez que Tusk pertence à família política PPE, a mesma de António Tajani, o novo presidente do Parlamento Europeu, e Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia.
Donald Tusk já agradeceu a “confiança” e a “avaliação positiva” dos seus pares, prometendo dar o melhor num segundo mandato em que terá pela frente as duras negociações do Brexit, entre muitos outros desafios.
Com esta reeleição, as relações entre Bruxelas e Varsóvia ficam ainda mais tensas. Ontem, a primeira-ministra polaca tinha enviado uma carta aos seus homólogos acusando Tusk de ter “violado brutalmente” a regra da “neutralidade política” necessária ao cargo, com um discurso que fez recentemente no seu país.