A tensão continua a escalar nas relações entre os vizinhos de leste. A Rússia movimentou cerca de 40 mil tropas mais veículos blindados, tanques e meios aéreos para perto da fronteira leste da Ucrânia onde afirma que vai realizar exercícios militares.
O Comando Europeu dos Estados Unidos da América e o Pentágono estão a monitorizar de perto estas movimentações por parte do exército russo que são muitos semelhantes às observadas antes da invasão da Península da Crimeia, em 2014. O comandante da marinha, Danny Hernandez, falou ao Washington Free Beacon e disse que os americanos estão “extremamente preocupados com as movimentações verificadas”. Aproveita ainda para deixar um apelo para que ambos os lados não entrem em provocações que possam agravar a situação.
Em Junho tinham surgidos relatos sobre a construção de um campo militar a cem quilómetros da fronteira, na cidade de Klitsy. Para além desta cidade foram registados mais 7 pontos onde se encontram estacionadas tropas russas.
Depois de, na passada semana, a administração ucraniana admitir que existia a possibilidade de as forças armadas russas lançaram um ataque em “pequena ou larga escala”, Petro Poroshenko, presidente da república da Ucrânia, admitiu que a Rússia pode estar a preparar uma invasão depois de Putin ter acusado as forças ucranianas de conduzirem “ataques terroristas” na Crimeia.
Poroshenko admite que está pronto para declarar a lei marcial e anunciar a mobilização das forças armadas ucranianas para a fronteira com a Crimeia, caso a situação se deteriore nos próximos dias.
O conflito militar existente na Ucrânia com os rebeldes separatistas pró-russos já se prolonga desde o ano de 2014, não tendo a república da Ucrânia controlo sobre parte da fronteira este na região de Donetsk e já tirou a vida a aproximadamente 10 mil pessoas.
Na próxima cimeira dos G-20 a ser realizada na China ia ser promovido o diálogo entre os presidentes de ambas nações mas, devido às recentes acusações atribuídas pelos russos aos acontecimentos recentes na Crimeia, ao qual o executivo ucraniano nega qualquer envolvimento, Vladimir Putin afirma que tais conversações não teriam sentido e que vai responder de uma forma “muito severa” à Ucrânia.