Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte, terá ordenado a execução de altos líderes militares por não terem cumprido as suas ordens. Segundo avança o britânico Daily Mail, o líder norte-coreano terá ordenado a execução através de artilharia antiaérea, uma vez que os oficiais não terão dado mais arroz aos soldados do exército. Kim Jong-un defende uma alimentação melhor para o seu exército, tendo decidido que os soldados deviam receber mais arroz.
O vice-Ministro das Forças Armadas, So Hong-chan, estará entre as vítimas, ao lado de outros líderes militares que lhe seriam próximos. Observadores acreditam que So, de 66 anos, terá sido executado uma vez que não foi visto durante uma visita do líder ao Palácio do Sol de Kumsusan, o mausoléu de Pyongyang onde se encontram os corpos do pai e do avô de Kim. A execução terá acontecido perante centenas de funcionários num campo militar naquela capital, no dia 30 de abril. Os motivos que estão por trás das condenações prendem-se com o facto dos altos funcionários não terem aumentado o subsídio de arroz para os soldados norte-coreanos.
Recentemente foram divulgadas imagens de satélite que mostram várias pessoas, ainda não identificadas, a serem executadas no mesmo campo em outubro do ano passado. As imagens mostram que os condenados se encontravam alinhados a pouco mais de 30 metros da artilharia antiaérea. As execuções acontecem perante centenas de pessoas, sendo que existirá uma plataforma específica onde se pode assistir ao ato.
Estes episódios acontecem depois de ter sido noticiado que o líder da Coreia do Norte terá executado o Ministro da Defesa, Hyon Yong-chol, por traição, uma vez que o Ministro terá adormecido durante um desfile militar. Hyon também terá sido fuzilado por uma bateria antiaérea. No entanto, os Serviços Secretos da Coreia do Sul revelaram durante os últimos dias algumas dúvidas sobre a alegada morte. Os serviços de espionagem revelaram mesmo que não conseguem confirmar como morreu o Ministro norte-coreano.
Desde que subiu ao poder, em 2011, Kim Jong-sun terá ordenado a execução de 70 oficiais, sendo que só durante este ano já foram executados 15 altos funcionários que terão desafiado a sua autoridade. Observadores acreditam que estas medidas se revelam como uma tentativa de demonstração de poder e de reforço da sua posição. No entanto, apontam que não existem sinais de instabilidade em Pyongyang, o que pode vir a acontecer no caso de as execuções continuarem a acontecer.