Encontrar possíveis destroços de um avião no sul do Oceano Índico, onde os satélites australianos detetaram dois objetos que podem estar relacionados com o desaparecido voo MH370, não vai ser tarefa fácil.
As imagens captadas dizem respeito a uma zona remota do oceano, a milhares de quilómetros a sudeste da Austrália. Remota e tendencialmente hostil. O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, descreve a área como “o ponto mais inacessível que se pode imaginar à face da Terra”.
A primeira dificuldade prende-se precisamente com distância a que o local de encontra de terra firme, limitando o tempo possível de buscas a apenas algumas horas.
As condições meteorológicas ambém podem revelar-se um problema: O primeiro avião que ainda na quinta-feira se dirigiu à zona relatou “pouca visibilidade”. Um meteorologista da CNN explica que o tempo, sobretudo nesta altura do ano, pode ser muito imprevisível. “Temos informações muito limitadas neste canto do planeta. Na verdade, é tão remoto que os satélites não são muito constantes”, acrescenta.
Também o oceano pode não ajudar as operações, com os especialistas a temerem encontrar ondas de grande dimensão, o que dificultaria muito as buscas.
Mas há mais: é nesta região que está localizado o Giro do Oceano Índico, um dos cinco maiores do mundo. Um giro é uma área de corrente oceânica circular, onde podem acumular-se grandes quantidades de destroços.