No estado australiano de Nova Gales do Sul há mais de 50 fogos ativos, 17 dos quais fora de controlo, com os mais graves a lavrarem em torno das localidades de Lithgow, Springwood e Mount Victoria, na zona turística das Montanhas Azuis, a cerca de 70 quilómetros a oeste de Sydney.
“Apesar de os incêndios terem começado a ‘avivar-se’ um pouco, não se verifica, até agora, no que se refere à atividade em si e à quantidade de fumo nenhuma vaga ou expansão destes incêndios”, disse o comissário do Serviço Rural de Bombeiros, Shane Fitzsimmons.
As autoridades australianas declararam o segundo nível de alerta mais elevado nas Montanhas Azuis e em Balmoral, na região de Southern Highlands, situada a uma centena de quilómetros a sudoeste de Sydney, já que se espera que as temperaturas superem os 30 graus e que os ventos ultrapassem a barreira dos 100 quilómetros por hora.
O comissário disse que o perigo não chegou às Montanhas Azuis, onde, na semana passada, mais de 200 casas foram destruídas, alertando, contudo, que pode ser “uma questão de horas” até que as chamas comecem a intensificar-se e a galgar barreiras de contenção. Shane Fitzsimmons indicou que se caminha para as piores condições no combate aos incêndios desde o início da onda de fogos, na passada quinta-feira, prevendo-se que o perigo aumente nas regiões de Sydney e Hunter.
Perante a um eventual alastramento dos incêndios, vários residentes nas Montanhas Azuis já começaram a deixar as suas casas e a rumar aos centros de abrigo estabelecidos pelo governo estatal, segundo a agência local AAP. Em paralelo, as autoridades ordenaram o encerramento de todas as escolas e retiraram vários idosos de lares.
A crise de incêndios, a pior em 45 anos, começou quando os fogos florestais calcinaram mais de 200 casas, a maioria delas em Springwood.