Segundo Ajay Srivastava, porta-voz do Museu, o bombardeiro alemão “foi retirado do mar e está agora em segurança numa única peça”.
De acordo com o Museu da RAF “a aeronave está em condições notáveis, considerando os acontecimentos que deram origem à sua perda” e aos efeitos desgastantes causados pela água ao longo de “tantos anos”.
A aeronave é um Dornier Do-17 com dois motores e foi abatida na manhã de 26 de agosto de 1940, durante uma tentativa de ataque aos aeródromos em Essex, condado situado no sudeste do Reino Unido. Acabou por cair no Canal da Mancha e ficou a 50 metros de profundidade.
O piloto e um dos membros da tripulação que sobreviveram ao acidente foram posteriormente presos e enviados para campos de guerra no Canadá.
Peter Dye, director geral do Museu da RAF, afirma: “A descoberta do Dornier é de importância nacional e internacional. A aeronave é uma sobrevivente única e sem precedentes desde a batalha da Grã-Bretanha”.
“O Dornier irá proporcionar uma exposição evocativa e emocionante que irá permitir que o museu destaque os sacrifícios feitos pelos jovens de ambas as forças aéreas e de muitas nações”, acrescenta.
No entanto, o processo de restauração pode durar dois anos. Para já, e visto que o bombardeiro já se encontrar em terra, será embebido numa solução de ácido cítrico de forma a impedir a corrosão.
O Dornier resgatado é um dos 200 que desapareceram e que foram utilizados pela Alemanha na guerra.