Tambores, megafones, bandeiras, cartazes e centenas de milhares de trabalhadores nas ruas foram os elementos em comum em várias cidades europeias, americanas e asiáticas, ao longo de todo o dia.
O fuso horário ditou que a Ásia fosse a primeira a assinalar o Dia do Trabalhador, que passou de uma celebração dos direitos dos trabalhadores para um protesto global. Por todo o continente asiático, protestos coloridos organizados por sindicatos e partidos de esquerda partilharam a exigência de melhores salários e condições de trabalho, denunciando as políticas governamentais numa altura em que os custos de vida aumentam exponencialmente nos países com maiores crescimentos económicos.
Na Ásia, a maior concentração acontceu na Indonésia, com mais de 9 mil pessoas a marcharem desde a maior praça de Jacarta até à sede do Governo com cartazes em que se lia “aumentem os nossos salários” e “acabem com os contratos de ‘outsourcing'”.
À medida que as horas avançam, o coro de insatisfação pela crise mundial alarga-se à Europa e à América.
Um dos maiores protestos europeus teve lugar em Atenas, onde, segundo a polícia, 8.000 pessoas participaram na iniciativa da Frente de Luta dos Trabalhadores, próxima do partido comunista, em Aspropyrgos, a 35 quilómetros de Atenas, onde se situa a fábrica de siderurgia do grupo Hellenic Halyvourgia, cujos trabalhadores estão em greve há vários meses contra os cortes salariais.
O dia das compras em Portugal
Por cá, este 1º de Maio fica marcado como o dia em que os supermercados de uma cadeia tiveram tanta afluência que os clientes foram buscar carrinhos a outra superfície comercial…
Em causa está a promoção que os supermercados Pingo Doce lançaram esta terça-feira, em que compras a partir de 100 euros têm 50% de desconto, e que deu origem a enormes filas, que se estendiam pelas ruas, e um cenário caótico.
Uma das lojas mais afetadas foi a de Telheiras, onde se juntaram milhares de clientes, esgotando rapidamente o stock de vários produtos e de carrinhos de compras. Muitos foram buscar carrinhos a um hipermercado concorrente da zona.
Segundo o Público, “às quatro da manhã havia gente sentada à porta desta loja à espera da hora de abertura”.