Até agora, a única forma de uma pessoa com o tecido da córnea danificado recuperar a visão era uma córnea nova. Com esta investigação os doentes podem vir a ter mais uma opção.
O estudo feito por cientistas da Universidade de Gotemburgo e publicado na revista Acta Ophthalmologica mostra como podem ser utilizadas células estaminais para desenvolver as chamadas células epiteliais – responsáveis por manter a transparência da córnea.
Para o crescimento das células epiteliais os cientistas desenvolveram em laboratório, primeiro células estaminais para depois as utilizarem na própria córnea. Ao fim de 22 dias, os cientistas conseguiram obter córneas novas e sem danos, prontas para serem transplantadas nos pacientes com córneas opacas ou embaciadas, isto é, sem visão.
Todos os anos são realizados cerca de 100 mil transplantes de córnea por todo o mundo. Apenas exequível quando existe uma córnea saudável doada por outra pessoa que possa substituir a córnea danificada, o que dificulta a regularidade de transplantes.
Ulf Stenevi, co-autor do estudo afirma que, “se pudermos estabelecer um método de rotina para recuperar córneas danificadas que normalmente seriam descartadas, a disponibilidade de material para transplantes será ilimitada. Os procedimentos cirúrgicos e de pós-tratamento também se tornarão muito mais simples com este método.”