A dança silenciosa da Dalmácia, na Croácia é conhecida como ‘nijemo kolo’, contudo, este particular estilo de dança tem nomes distintos em diferentes comunidades e não é apenas típico de uma zona.
Os nomes mais comuns são ‘mutavo kolo’ (círculo de dança mudo), ‘gluvo kolo’ (círculo de dança surdo), ‘?uplje kolo’ (círculo de dança vazio), entre muitos outros.
Na Nijemo Kolo – dança silenciosa em círculo – cada dançarino tem os seus próprios passos, saltando num círculo fechado, individualmente ou com um par, o homem guia os elementos femininos (uma ou duas mulheres).
Um dos objetivos é que as mulheres sejam vistas por toda a gente; depois de esse “pavonear”, os homens saltam de novo energicamente apoiando-se numa perna e noutra, ao mesmo tempo que conduzem o par, testando publicamente as suas capacidades e aparentemente sem regras definidas.
Este tipo de dança é tradicionalmente muito espontâneo, apenas dependente da vontade e do desejo dos dançarinos por movimentos vigorosos e impressionantes no círculo quando outro par se junta no Kolo com longos passos.
A principal característica da Nijemo Kolo é o facto de ser uma dança inteiramente independente de som, seja este voz ou instrumental podendo, todavia, ser precedido ou seguido de uma parte musical. Este estilo é dançado de forma espontânea em celebrações, feiras, feriados e casamentos. O “Kolo” como reunião social é considerado um momento central para jovens homens e mulheres se conhecerem, expressarem empatias e também possibilitar a crítica social.
Muito menos dançada do que nos anos 60, a Nijemo Kolo é hoje, em grande parte dançada por grupos em festivais de folclore locais, regionais e internacionais. É ainda uma tradição que passa de geração em geração, cada vez mais através de clubes culturais.
A principal característica da Nijemo Kolo é a performance sem música, detalhe que a torna reconhecível em todo o território da Dalmácia e não só. Este estilo distingue-se de outras correntes semelhantes pela exibição exclusivamente em círculo.
Durante as duas últimas décadas, esta dança circular tem sido adaptada para coreografia de palco. As suas posições e movimentos têm sido harmonizados e definidos – os dançarinos começaram a fazer os mesmos movimentos e os mesmos passos de forma simultânea e coordenada.
O Kolo tradicional distingue-se do moderno pela liberdade concedida aos passos, que no tradicional permite aos dançarinos mover-se aleatoriamente pelo espaço.