Os assaltantes fizeram explodir o terminal e o gasoduto de Cheikh Zouwayed no norte da península egípcia do Sinai, a 10 quilómetros da Faixa de Gaza, afirmou à AFP um responsável egípcio.
Os serviços de segurança apagaram o incêndio resultante da explosão, declarou à televisão pública egípcia um responsável local, que precisou que “ainda não se sabe a dimensão dos danos nem o que se passou”.
Fontes oficiais egípcias não confirmaram o incidente, mas em Jerusalém, a rádio pública israelita, citando declarações do governador egípcio de El-Arich, afirmou que o ataque tinha sido perpetrado de madrugada com ajuda de uma pequena carga de explosivos.
O ataque provocou danos mínimos e o incêndio foi circunscrito ao fim de três horas. O fornecimento de gás para Israel e para a Jordânia foi cortado momentaneamente por medida de segurança, referiu ainda a rádio israelita.
A 1 de Fevereiro, Israel disse que se estava a inquietar cada vez mais com os fornecimentos de gás natural provenientes do Egipto, na sequencia da revolta popular naquele país com o qual o Estado hebreu concluiu em Dezembro último acordos para o fornecimento de pelo menos 1,4 mil milhões de metros cúbicos de gás natural.
Actualmente, o Egipto assegura 40% das necessidades de Israel de gás natural.
Em dezembro, quatro empresas israelitas assinaram acordos de compra de gás egípcio para um período de 20 anos por um montante avaliado entre cinco e dez mil milhões de dólares.
Com estes novos contratos, o grupo israelo-egipcio East Mediterranean Gas (EMG) vai fornecer ao Estado hebreu um total de seis mil milhões de metros cúbicos de gás avaliados em cerca de 19 mil milhões de dólares.
Concluído em 2007, um gasoduto submarino com um comprimento de 100 quilómetros encaminha o gás desde Al-Arich até o porto israelita de Ashkelon, perto de Telavive.
O Egipto foi o primeiro país árabe a assinar a paz com o Estado hebreu em 1979.