Carlos, de visita a Roma juntamente com a mulher, Camila, duquesa da Cornualha, instou os parlamentares a rejeitarem “o modelo convencional e criarem um novo sistema de valores para “resolver o problema das alterações climáticas”.
O príncipe assinalou que, antes de terminar o ano, “a família das nações do mundo” terá que “acordar um modo para deter, ou melhor, inverter a tendência do crescimento das emissões de CO2”.
“À subida do nível do mar e à degradação das águas doces somar-se-ão os efeitos de fenómenos climáticos extremos que comportarão danos para o território e terão impacto negativo sobre as culturas”, advertiu o príncipe de Gales durante a sua intervenção, que durou mais de 30 minutos.
Por tudo isso, o príncipe Carlos insistiu na necessidade de um “acordo sobre as alterações climáticas, que seja verdadeiramente global e que se baseie na confiança”.
“Haverá decisões difíceis de tomar, especialmente para as indústrias que têm um alto consumo energético mas, se queremos deixar aos nossos filhos um mundo habitável, temos que actuar de imediato”, concluiu.
Hoje, Carlos de Inglaterra e a mulher, Camilla, foram também recebidos pelo papa Bento XVI no Vaticano, onde conversaram sobre a defesa do meio ambiente e a importância do diálogo intercultural e interreligioso para a promoção da paz e justiça no mundo, informou a Santa Sé.
O Pontífice, o príncipe de Gales e a duquesa de Cornualha falaram a sós durante 15 minutos na biblioteca privada do Papa e, depois da audiência, o herdeiro da Coroa britânica e a mulher reuniram-se durante meia hora com o cardeal secretário de Estado do Vaticano, Tarcisio Bertone, e com o “ministro dos Negócios Estrangeiros”, arcebispo Dominique Mamberti.