Fulton declarou-se culpado perante um juiz do tribunal de Banjul.
Segundo a acusação, em 2007 e 2008 ele fabricou uma matrícula falsa oficial que utilizou depois na sua viatura pessoal.
Foi também processado por “usurpação de identidade” mas a audiência foi adiada para 07 de Abril.
Neste processo é acusado de se ter apresentado como um oficial do exército e de ter usado um uniforme militar.
O missionário contestou estas acusações.
Detidos no final de Novembro, David e Fiona Fulton, 60 e 46 anos, tinham sido condenados a 30 de Dezembro a um ano de trabalhos forçados por “sedição” por terem publicado e distribuído documentos que suscitam “o ódio” e o “desprezo” contra o governo da Gâmbia e do presidente Yahya Jammeh.
Depois de condenados, renunciaram a recorrer, pediram desculpas e apelaram para a clemência do presidente Jammeh, que chegou ao poder por um golpe de Estado em 1994.
O casal, que vive na Gãmbia desde 1999, está ligado à igreja pentecostal Westhoughton de Bolton, perto de Manchester, no Noroeste de Inglaterra.
Segundo esta igreja, David Fulton era capelão no exército da Gâmbia e a sua mulher cuidava de pacientes atingidos por doenças incuráveis.
As organizações de defesa dos direitos humanos denunciam há anos as violações cometidas pelas autoridades da Gâmbia, país de maioria muçulmana encravado no Senegal.