Este investimento previsto para os próximos anos nas redes de metropolitano é superior àquele que constava na proposta de orçamento para 2022, que se situava em 1,7 mil milhões de euros.
“O investimento previsto para os próximos anos nas redes de metropolitano visa a sua expansão, flexibilidade e capacidade de resposta adequadas às modernas necessidades de mobilidade urbana, num investimento global que ascenderá a cerca de 1,9 mil milhões de euros, dos quais 653 milhões de euros em 2023”, lê-se no documento.
Em relação ao Metropolitano de Lisboa, encontram-se em execução as empreitadas de expansão e modernização da rede, centrada na criação de uma linha circular “capaz de reduzir os tempos de transbordo e de se estender a zonas da cidade que beneficiarão da abertura de duas novas estações – Estrela e Santos -, e no prolongamento da estação do Rato (linha amarela) até à estação Cais do Sodré (linha verde), conferindo-lhe uma acessibilidade reforçada”.
Está ainda previsto o prolongamento da linha vermelha, entre São Sebastião e Alcântara, com quatro novas estações: Amoreiras, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara.
À semelhança do OE2022, volta a estar inscrito no documento um aumento da frota de 20%, com mais 14 unidades triplas, que inclui também a aquisição de um novo sistema de sinalização ferroviária, prevendo-se entregas faseadas do material até 2025, no Metropolitano de Lisboa.
Quanto ao Metro do Porto, será criada a nova linha Casa da Música-São Bento (linha rosa) e expandida a linha amarela (até Vila d’Este), visando “responder à crescente procura, e com vista a promover o desenvolvimento económico local e a coesão social e territorial”, refere o documento.
No total, serão criadas sete estações ao longo dos novos seis quilómetros de linha, estando, igualmente, prevista a execução da linha Casa da Música-Santo Ovídio, que pressupõe ainda a construção de uma nova ponte sobre o Douro, que fará a ligação entre o Campo Alegre e o Candal.
Encontram-se ainda em curso projetos que visam soluções como “o ‘bus rapid transit’ entre a Boavista e a Praça do Império — elemento adicional de interface com o metro, operado por veículos de elevado desempenho ambiental”, segundo o documento.
Em relação ao sistema de mobilidade do Mondego, que constitui um elemento de integração e de reordenamento territorial do espaço em três concelhos, contará com uma frota de 40 autocarros elétricos.
A solução de metrobus elétrico aproveitará o investimento em infraestruturas feito anteriormente e é constituída por troços urbanos e um troço suburbano, Serpins-Alto de S. João.
Quanto ao Metro do Porto, o reforço previsto visa servir a nova linha entre S. Bento e a Casa da Música, a linha rosa, bem como o prolongamento da linha amarela a sul, entre Santo Ovídio e Vila d’Este, em Vila Nova de Gaia, totalizando um investimento previsto, em 2022, de mais de 20 milhões de euros.
O Governo entregou hoje no parlamento a proposta de Orçamento do Estado para 2023, que prevê que a economia portuguesa cresça 1,9% em 2023 e registe um défice orçamental de 0,9% do Produto Interno Bruto.
O ministro das Finanças, Fernando Medina, afirmou que a proposta reforça os rendimentos, promove o investimento e mantém o compromisso com finanças públicas sãs num ambiente externo adverso de guerra na Europa e escalada da inflação.
O Governo visa reduzir o peso da dívida pública de 115% do PIB para 110,8% em 2023 e projeta que a inflação desacelere de 7,4% em 2022 para 4% no próximo ano.
A proposta vai ser debatida na generalidade no parlamento nos dias 26 e 27, estando a votação final global do diploma marcada para 25 de novembro.
RCP // MLS