“Os bancos continuarão fechados na terça e na quarta-feira”, para evitar uma corrida às agências, indicou um responsável do Banco Central do Chipre (BCC).
Como esta segunda-feira é feriado em Chipre, os bancos ainda não abriram desde que no sábado foi anunciado um plano de ajuda internacional ao país, que prevê como contrapartidas por um empréstimo de 10 mil milhões de euros a cobrança de taxas sobre os depósitos bancários.
Um “golpe fatal”
Especialistas ouvidos pelas agências internacionais alertam alertam que o imposto previsto no plano de resgate poderá significar um golpe fatal no setor bancário e conduzir a décadas de recessão na ilha.
“O plano do Eurogrupo foi um golpe severo para Chipre, anuncia o fim do setor financeiro em Chipre”, tal como funcionava até ao momento e baseado na confiança mútua, considerou à agência noticiosa AFP o economista Simeon Matsi.
Na madrugada de sábado, o Presidente cipriota Nicos Anastasiades conclui em Bruxelas um acordo sem precedentes com o Eurogrupo e que prevê um imposto excecional até 9,9% sobre todos os depósitos bancários, e que garantiria uma receita de 5,8 mil milhões de euros, em troca de um plano de resgate de 10 mil milhões de euros.