Passos Coelho, que falava no final de uma reunião com a chanceler alemã, explicou que o objetivo do Governo, ao decidir “agravar o último escalão de rendimentos do IRS”, bem como impor “um pequeno agravamento” às empresas com lucros superiores a 1,5 milhões de euros “insere-se numa perspetiva de solidariedade e equidade que está fixada no tempo”.
“Durante dois anos nós pediremos um sacrifício adicional quer às famílias de rendimentos mais elevados, quer às empresas com melhores resultados”, disse.
O primeiro-ministro refutou ainda a ideia de que o Governo está sobretudo a aumentar a receita em vez de cortar na despesa, afirmando que 2012 assistirá à maior redução dos últimos 50 anos.
Questionado sobre as críticas dos partidos da oposição ao documento de estratégia orçamental até 2015 apresentado na véspera pelo Governo em Lisboa, pela ausência dos “famosos cortes”, Passos disse que os resultados estarão à vista já no próximo ano.