“Actualmente estamos a fazer o possível para eventualmente impedir o encerramento da Qimonda e já houve o interesse de investidores, mas num âmbito reduzido”, alertou na sexta-feira Machael Jaffé.
O Governo português reconhece que tem “feito tudo o que é possível” e tem estado a acompanhar “muito de perto” o processo para impedir o encerramento da Qimonda Portugal, a unidade do grupo alemão instalada em Vila do Conde.
“Já sabemos que o Governo português continua empenhado em salvar a Qimonda e consideramos as conversações que vamos ter em Lisboa com os seus representantes um aspecto muito importante da nossa actividade”, afirmou recentemente à agência Lusa o porta-voz da empresa Sebastian Brunner.
A visita de Machael Jaffé, nomeado pelo Tribunal de Dresden, servirá também para “explicar a situação da falência” aos trabalhadores da empresa alemã em Portugal.
A ameaça de colapso do único produtor europeu de semicondutores é “mais grave” do que até agora era conhecido, disse a um jornal alemão o gestor judicial nomeado para a Qimonda AG.
A 23 de Janeiro, a casa-mãe da Qimonda, na Alemanha, declarava falência no Tribunal Administrativo de Munique, surpreendendo o governo português.
Na ocasião, o ministro da Economia garantiu que o Estado estava sobretudo preocupado com a situação dos trabalhadores, e que faria tudo para “salvar a Qimonda em Vila do Conde”, mas tudo dependeria de investidores estrangeiros.
Os partidos da oposição mostraram também a sua preocupação com a consequência do encerramento da unidade de Vila do Conde no emprego e na economia portuguesa.
A Qimonda Portugal emprega perto de dois mil trabalhadores e é o maior exportador do tecido empresarial em território português, assegurando cinco por cento do Produto Interno Bruto português.