Amado por muitos e odiado por tantos outros, Jorge Nuno Pinto da Costa fica para a história não só como o homem que mais tempo ocupou a presidência do Futebol Clube do Porto mas também como o presidente com mais títulos conquistados em todo o mundo. Durante todos os seus mandatos à frente dos Dragões, foram mais de 1340 títulos nas mais diversas modalidades, sobretudo no atletismo, basquetebol, andebol e hóquei em patins. Mas foram os 64 triunfos no futebol que ajudaram a criar a lenda de um dirigente vitorioso, com um percurso único. Nos 42 anos em que Pinto da Costa foi presidente, o FC Porto conquistou uma Taça dos Campeões Europeus e uma Liga dos Campeões, uma Taça UEFA e uma Liga Europa, duas Taças Intercontinentais, uma Supertaça Europeia, 22 Campeonatos Nacionais, 13 Taças de Portugal e 21 Supertaças Portugal. Pelo meio, ficam muitos anos de polémicas e trocas de acusações, alianças e vinganças, adversários e aliados. Fica também as acusações do Apito Dourado, processo no qual era acusado de corrupção desportiva, mas do qual acabou absolvido pela Justiça, que não admitiu as escutas que Portugal inteiro ouviu como meio de prova.
“O culto da personalidade é detestável”. A grande entrevista de Pinto da Costa à VISÃO
Nas eleições para os órgãos sociais do clube que se realizaram a 27 de abril de 2024, Pinto da Costa acabou derrotado por larga margem por André Villas-Boas. Em agosto, anunciou publicamente que lhe tinha sido diagnosticado um cancro na próstata e, já no final do mês de outubro, lançou o derradeiro livro de memórias, Azul Até ao Fim, já visivelmente debilitado. Nos dias que seguiram, surgiram notícias do agravamento do seu estado de saúde e do alastramento do tumor a outros órgãos do corpo, nomeadamente os ossos. Terá, inclusivamente, fraturado, por via disso, o fémur, o que o obrigou a movimentar-se em cadeira de rodas.
Para além de milhões de admiradores da obra que construiu ao serviço do FC Porto e até pela defesa da cidade Invicta e da região Norte, Jorge Nuno Pinto da Costa deixa dois filhos, fruto de uma vida romântica intensa. Casou, primeiro, com Manuela Carmona Costa, com quem teve o filho Alexandre. Apesar do divórcio só ter sido consumado em 1997, muito antes se tinha apaixonado por Filomena. Com a mãe da sua filha Joana, casou duas vezes, pois, pelo meio, chegaram a divorciar-se, num período em que foi público o tórrido e polémico romance com Carolina Salgado. Após o segundo divórcio com Filomena, ainda casou, no Brasil, com Fernanda Miranda, 50 anos mais nova. A relação durou cinco anos, findos os quais Pinto da Costa se juntou a Cláudia Campo, 40 anos mais nova, com quem casou em 2023.