“O Coliseu é nosso!”, gritava o povo da cidade, há 30 anos, enchendo a Rua Passos Manuel de alegria e orgulho. Na noite de quinta-feira, o Coliseu do Porto encheu-se novamente, 30 anos depois, para celebrar três décadas de uma das maiores vitórias da cidade Invicta: ter mantido o Coliseu nas mãos do povo, e não de uma religião.
A noite começou em grande com a apresentação do livro O Coliseu é Nosso, de Valdemar Cruz, jornalista que viveu intensamente aquele momento histórico há 30 anos. Seguiu-se um concerto memorável que reuniu artistas e músicos que marcaram essa época: Júlio Magalhães, Carlos Tinoco, com o poema emocionante de Paulo Abrunhosa, o Orfeão Universitário do Porto, António Pinho Vargas, GNR, Óscar Branco, as inesquecíveis Amarguinhas, Ban, Sérgio Godinho, Filipe Raposo — e a grande festa terminou em apoteose com Pedro Abrunhosa.
A ministra da Cultura marcou presença e entregou a Medalha de Mérito Cultural, num Coliseu completamente esgotado e vibrante. Também estiveram presentes o antigo presidente da Câmara Fernando Gomes e a vereadora da Cultura da época, Manuela Melo — figuras essenciais nessa luta. Entre os convidados, destacaram-se ainda Manuel Pizarro, o futuro presidente da Câmara, Pedro Duarte, várias personalidades da cidade e Paulo Azevedo, ex-CEO da Sonae, que também se rendeu à dança.
Foi uma noite para recordar, cheia de emoção, música e um sentimento de orgulho portuense que ecoou pelas paredes do Coliseu. Porque sim, o Coliseu é nosso!