A programação, que, além de concertos, inclui teatro, cinema, exposições, arruadas, apresentação de livros, mesas redondas, conferências e o projeto Abril’Arte em diversas freguesias do concelho, foi apresentada hoje, na Porta de Armas da antiga Escola Prática de Cavalaria (EPC), de onde partiu a coluna liderada por Salgueiro Maia na madrugada de 25 de Abril de 1974.
Organizadas pela Câmara de Santarém, através do projeto municipal Santarém Cultura, e pela Comissão das Comemorações Populares do 25 de Abril em Santarém – Associação Cultural, as comemorações arrancam no dia 31 de março, às 21:30, no Teatro Sá da Bandeira (TSB), com o concerto de Uxía e João Afonso, celebrativo dos 11 anos do núcleo de Santarém da Associação José Afonso.
No dia seguinte, o TSB recebe Vitorino, estando agendado para dia 22 de abril, na mesma sala, um Tributo a Chico Buarque, com Thais Motta e Marcus Lima, que escolheram o nome da música “Quem te viu quem te vê” para um projeto que “combina artes plásticas e música para celebrar o músico” brasileiro, afirma uma nota da Câmara de Santarém.
O concerto “Tons de Abril”, com o maestro Miguel Galhofo e o Coro da Associação Cultural Cantar Nosso, vai acontecer em 15 de abril no Convento S. Francisco, para “reviver o melhor da música e da poesia escrita por muitos portugueses antes e depois da Revolução dos Cravos, sobre as ideias de liberdade e solidariedade e contra a ditadura”, acrescenta a nota.
Na noite de 24 de abril, António Zambujo vai apresentar o seu novo álbum no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), sendo o feriado de 25 de Abril “marcado por um vasto leque de iniciativas”.
Associações e agentes culturais estarão no Jardim da República a celebrar a Liberdade, com a iniciativa “Há Festa no Jardim”, entre as 10:30 e as 16:45, bandas filarmónicas vão andar por ruas da cidade e do centro histórico a “acordar a cidade”, terminando a manhã com a deposição de “Cravos para Salgueiro Maia” e o almoço comemorativo do 25 de Abril, na antiga EPC.
A partir das 16:45 realiza-se o Desfile da Liberdade “Marchar pelo Futuro”, com partida no Jardim da República e chegada ao Largo Pedro Álvares Cabral, junto à Igreja da Graça, onde, às 17:30, se realiza o habitual encontro de coros.
No dia 14, o encenador e dramaturgo Ricardo Correia apresentará a peça de teatro “Cartas da Guerra (61-74)”, no Teatro Sá da Bandeira, estando agendada para dia 18, no Fórum Mário Viegas, a apresentação do livro “Os 50 anos do 3.º Congresso da Oposição Democrática – A Caminho do 25 de Abril”.
Um outro livro, “Cadeia de Caxias: a representação fascista e a luta pela liberdade”, vai ser apresentado no dia 29, na Sala de Leitura Bernardo Santareno, cabendo à historiadora Irene Pimentel falar, no dia 21, sobre “Os Bufos da Pide”, na Sociedade Recreativa Operária de Santarém.
O Fórum Actor Mário Viegas vai estar de portas abertas no dia 22, para ateliers de ilustração, som, design, fotografia e vídeo, promovidos pelo Núcleo RASGO, ensinando o artista BIGOD (João Domingos) a técnica de stencil, na Rampa Frei Luís de Sousa.
No mesmo dia, a partir das 15:00, realiza-se mais uma edição da Scalabis Night Race, organizada pela Associação Scalabis Night Runners Club, e, às 17:00, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, uma mesa-redonda sobre “Políticas e Práticas de Arquivo no Teatro em Portugal”, com curadoria de Carlos Manuel Oliveira e Ana Bigotte Vieira, promovida pela Associação Parasita.
A programação de cinema do TSB, às quartas-feiras, da responsabilidade do Cineclube de Santarém, será dedicada, em abril, a filmes sobre “lutas, censura, opressão e resistência”, com a presença de alguns realizadores.
“O que podem as Palavras”, de Luísa Marinho e Luísa Sequeira, vai ser exibido no dia 05, com a presença das realizadoras, “O Joelho de Ahed”, de Nadav Lapid”, passa no dia 12, “Cinema -Alguns Cortes: Censura”, de Manuel Mozos, no dia 19, e, no dia 26, “Amadeo”, de Vicente Alves do Ó, ambos com a presença dos realizadores.
Nos dias 17 e 18, o TSB acolhe o Festival de Cinema “Olhares do Mediterrâneo”.
Pelas escolas do concelho passarão iniciativas dinamizadas pelo Veto Teatro Oficina, por BIGOD — João Domingos, pela Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Santarém e pelo Núcleo RASGO.
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