Os norte-americanos Green Day atuaram na sexta-feira no Festival Optimus Alive, em Algés, juntando os ingredientes para fazer a festa com o público: canções cantadas em coro, juras de amor e uma bandeira portuguesa.
Cabeça-de-cartaz do primeiro dia do festival Optimus Alive, em Algés (Oeiras), o trio punk-rock não se poupou no contacto com os portugueses, apresentando um alinhamento de canções que tanto recuou aos anos 1990 como passou pelo trio de álbuns editado em 2012.
Com uma entrada em palco depois de se ouvir Ramones e Ennio Morricone (uma música do filme “O bom, o mau e o vilão”), a banda de Billie Armstrong foi recebida numa ovação, que se manteve até ao final.
Tanto tocaram as musculadas “99 Revolutions” e “Know your enemy” como as baladas “Boulevard of broken dreams” e “Wake me up when september ends”, mas as antigas “Basked case” e “When I come around” foram as mais celebradas pelo público.
O vocalista agradeceu de joelhos a dedicação do público, tapou-se com a bandeira de Portugal, criticou a corrupção no mundo — “o amor é que interessa” — convidou um espetador para tocar com ele em palco, oferecendo-lhe depois uma guitarra, e ainda teve tempo de revisitar de uma assentada Beatles, Rolling Stones e Monty Python.
Do lado oposto do recinto, a cantora Jessie Ware apresentou-se em estreia em Portugal, mas o concerto foi abafado, em certos momentos, pelo som do palco dos Green Day.
Noutro dos palcos, Edward Sharpe & The Magnetic Zeros espalharam a celebração do indie-folk junto de uma plateia que, ainda assim, não lotou a tenda Heineken que, momentos antes, tinha acolhido os portugueses Dead Combo.
Pedro Gonçalves (contrabaixo) e Tó Trips (guitarra) reforçaram a genética rock mais ruidosa dos Dead Combo, fazendo-se acompanhar do baterista Alexandre Frazão, e não se esqueceram de convocar Tom Waits, para uma versão de “Temptation”.
À meia-noite, a tenda Heineken mostrou-se pequena para a enchente que se apresentou para ver o quarteto nova-iorquino Vampire Weekend.
A banda, que aproveitou a vinda a Portugal para gravar um vídeo musical, demonstrou as subtilezas pop do novo álbum, “Modern vampires of the city”, e pôs grande parte da audiência a dançar com êxitos antigos, entre os quais, “Cousins” — a abrir -, “A-Punk” e, a encerrar, “Walcott”.
Já de madrugada, o recinto foi ocupado pela eletrónica, por exemplo, de Steve Aoki e de Disclosure, dando lugar, depois a Marky Ramone, antigo baterista da banda punk norte-americana Ramones, convocado para o festival para substituir os Death From Above 1979, que cancelaram o concerto no festival.
Depeche Mode são os cabeças de cartz de hoje
O regresso dos britânicos Depeche Mode e a estreia em Portugal do coletivo de hip-hop norte-americano Jurassic 5 são dois dos destaques hoje no festival Optimus Alive, que decorre até domingo no Passeio Marítimo de Algés, Oeiras.
O concerto dos Depeche Mode deverá servir para a banda de Dave Gahan, Martin Gore e Andy Fletcher apresentar o seu mais recente álbum, “Delta Machine”, editado em março.
O grupo atuou pela última vez em Portugal em 2009, num concerto esgotado no Pavilhão Atlântico, em Lisboa.