Camille Schrier licenciada em bioquímica pela prestigiada universidade Virginia Tech, é a nova Miss América 2020. A jovem de 24 anos, vestida com uma bata de laboratório, usou os seus conhecimentos como trunfo para a prova final e surpreendeu os membros do júri com uma aparatosa experiência científica.
Decomposição catalítica do peróxido de hidrogénio é o nome da experiência realizada por Camille, consiste numa reação química entre iodeto de potássio, peróxido de hidrogénio, detergente e corante. A reação provocou uma erupção colorida e criou a “química” necessária para a cientista vencer o concurso de beleza que pretende livrar-se dos antigos estereótipos sexistas. “Coloquei sabão em pó nos tubos de ensaio, para que o gás fique preso, e é isso que forma a espuma que explodiu.”, disse a jovem à BBC. “Até as minhas concorrentes estavam ansiosas para ver o que eu ia fazer. Foi um momento divertido ouvir os aplausos das pessoas na plateia.”
Em 2018, a prova quase centenária eliminou a tradicional prova de pose em de fato de banho. A avaliação foca-se agora na capacidade das participantes de dialogar, no talento e nos projetos sociais das concorrentes. Esta foi uma das razões que levou Camille a inscrever-se na competição. A representante do estado de Virgínia, que vai terminar agora um doutoramento em farmácia, recebeu uma bolsa de 50 mil dólares e será a embaixadora da Organização Miss América em 2020. “A Miss América é alguém que educa, que é capaz de comunicar com todos, e é isso que faço como mulher da ciência. Precisamos de mostrar que a Miss América pode ser uma cientista e que uma cientista pode ser Miss América.