Os números são arrasadores: o tabaco é responsável, todos os anos no mundo, pela morte prematura de mais de 8 milhões de pessoas (um valor semelhante ao número oficial que a OMS apresentou para a pandemia da Covid-19) e, em média, um fumador vive menos 10 anos do que um não fumador. Por isso, há muito tempo que o ataque ao consumo de tabaco é uma prioridade dos governos e das autoridades de saúde, embora nem sempre com os resultados esperados. Mas há metas definidas, nomeadamente na União Europeia, onde se preconiza “uma geração livre de tabaco em 2040”.
Como é que isso se mede? A partir do momento em que o consumo de tabaco for inferior a 5% da população – uma meta que ainda está longe de ser alcançada na esmagadora maioria dos países da União Europeia. Com uma exceção: a Suécia encaminha-se para alcançar já, em 2023, o objetivo que o bloco europeu aponta para 2040: a sua percentagem de fumadores ronda, atualmente, os 5,3%, enquanto Portugal está pouco abaixo dos 20%, sendo a Bulgária o caso mais grave (28%).
A baixa do consumo de tabaco na Suécia tem reflexos evidentes nos indicadores de saúde, pois é o país que, em todo o espaço europeu, apresenta também a menor taxa de cancro do pulmão, segundo o Eurostat. Para alcançar esse resultado, os suecos começaram por proibir fumar, logo em 2005, em todos os bares e restaurantes. Em 2019, a proibição foi alargada a muitos locais ao ar livre, como esplanadas e outros locais públicos.
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